ATUALIDADES DO JAPÃO
Os brasileiros
de várias partes do mundo tem mostrado interesse
sobre a situação econômica atual do Japão, com abrangência no aspecto sócio-econômico da comunidade
decasségui. Na realidade muitos tem conhecimento da dificuldade que o Japão vem
atravessando após a devastação do terremoto, ( 3.11) e a difículdade na solução pelo vazamento da radioatividade provocado pela usina nuclear
de Fukushima, consequentemente a paralisação
temporária de quase toda as usinas como prevenção, criando enorme crise energética no país, tendo que aumentar as importações de
combustíveis para ativar as indústrias
desequilibrando a balança comercial.
Entretanto as preocupações do governo se intensificam
na alta excessiva do Iene, com o Euro despencando, aumentando a pressão sobre a
moeda japonesa. Evidentemente as medidas estão sendo tomada para frear a
escalada do Iene para aliviar a situação dos exportadores prejudicadas por Iene
forte. Com a finalidade de driblar a alta do Iene as grandes empresas como a
TOSHIBA tem aumentado a importação de peças para reduzir os custos,
prejudicando ainda mais às indústrias perdendo espaço no mercado. Esse processo
de desindustrialização compromete mais a
recuperação da economia do Japão.
A situação também é seríssima em Suwa (Nagano) onde
concentram várias fábricas de máquinas de precisão. O fechamento das grandes
empresas como Sanno Denki e Azuma Seiko, transformou a região em cidade
fantasma. E uma empresa de processamento de metais de alta precisão faliu devido
cancelamento aos negócios com a transferência da CANON para China.
O processo de importação de peças continua acelerado
para reduzir o custo. A HITACHI por exemplo reduziu 5% do custo anual elevando
de 38% a 50% a aquisição de peças no exterior significando 9 trilhões de Ienes.
Nesse segmento a Panasonic transferiu o
sistema de produção e logística de peças para Cingapura elevando a importação,
totalizando 60 bilhões de Ienes no ano fiscal de 2012. As empresas de
maquinária pesada como a MITSUBISHI
Heavy Industries também correm para fora com a pretensão até o ano
fiscal de 2014 aumentar as
importações de peças e matéria prima em
600 bilhões de Ienes. Evidentemente aproveitam
a alta do Iene para comprar peças e materiais mais baratos com a finalidade
de baixar custos.
Enfim, essas transferências das empresas japonesas
para o exterior tem tornado interessante, haja visto que com o know-how, aumento
da eficiência tecnológica com padrão de qualidade exigido pelo mercado
internacional, vence a guerra contra as pequenas e médias empresas fornecedoras
de peças no arquipélago. Justamente onde
existe maior participação de mão-de-obra dos decasséguis.
Recentemente no setor eletrônico destacou na mídia o
envolvimento da SHARP pela parceria firmada com a empresa de Taiwan a Hon Hai
Precision Industries. A crise foi gerada
pela queda de vendas de telas de LCD e painéis solares, com perdas
de concorrência com empresas chinesas
e coreanas, tendo prejuizo de 250 bilhões de Ienes no ano fiscal de
2012/13 e planos de demissão de 5 mil funcionários.
Na realidade é extremamente preocupante apesar do
esforço para reajustar a capacidade de produção com transferência e desemprego,
o sistema de produção nacional sustentado durante anos pelo setor
automobilístico parece ter chegado ao limite. A poderosa montadora como TOYOTA e NISSAN
procuram- se reestruturar para aumentar
as encomendas internas. A empresa de
transmissão JACTO (Fuji- Shizuoka)
controlada pela NISSAN, SUZUKI e
MITSUBISHI se ajusta o desenvolvimento no exterior. Além de inaugurar uma nova
fábrica a CVT (Transmissão Variável
Contínua) na Tailândia, está com planos de fortalecer a CVT na China e México. Se a produção externa vai bem, o mesmo não se
pode dizer do mercado interno. A concorrência com o exterior deve ficar intensa
encolhendo na produção das fornecedoras de peças nacionais. Entretanto ainda é viável a preferência das
peças produzidas no Japão, o mesmo na produção dos carros nacionais.
O motivo da desestruturação da base da pirâmide que
sustentava a indústria automobilística foi por incentivo a reestruturação da produção promovidas pelas
próprias montadoras.
Positivamente o
poderoso grupo da TOYOTA reconquistou a liderança mundial de venda de
carros no 1º quadrimestre de 2012, estabelecendo como meta a produção de mais
de 10 milhões de veículos, mantendo uma política de crescimento sustentável.