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quinta-feira, 27 de setembro de 2012


ATUALIDADES DO JAPÃO

Os  brasileiros de várias partes  do mundo tem mostrado interesse sobre a situação econômica atual do Japão,  com abrangência  no aspecto sócio-econômico da comunidade decasségui. Na realidade muitos tem conhecimento da dificuldade que o Japão vem atravessando após a devastação do terremoto, ( 3.11)  e a difículdade na  solução  pelo vazamento da  radioatividade provocado pela usina nuclear de Fukushima,  consequentemente a paralisação temporária de quase toda as usinas como prevenção,  criando enorme crise energética  no país, tendo que aumentar as importações de combustíveis  para ativar as indústrias desequilibrando  a balança comercial.

Entretanto as preocupações do governo se intensificam na alta excessiva do Iene, com o Euro despencando, aumentando a pressão sobre a moeda japonesa. Evidentemente as medidas estão sendo tomada para frear a escalada do Iene para aliviar a situação dos exportadores prejudicadas por Iene forte. Com a finalidade de driblar a alta do Iene as grandes empresas como a TOSHIBA tem aumentado a importação de peças para reduzir os custos, prejudicando ainda mais às indústrias perdendo espaço no mercado. Esse processo de  desindustrialização compromete mais a recuperação da economia do Japão.

A situação também é seríssima em Suwa (Nagano) onde concentram várias fábricas de máquinas de precisão. O fechamento das grandes empresas como Sanno Denki e Azuma Seiko, transformou a região em cidade fantasma. E uma empresa de processamento de metais de alta precisão faliu devido cancelamento aos negócios com a transferência da CANON  para China.

O processo de importação de peças continua acelerado para reduzir o custo. A HITACHI por exemplo reduziu 5% do custo anual elevando de 38% a 50% a aquisição de peças no exterior significando 9 trilhões de Ienes. Nesse segmento a Panasonic  transferiu o sistema de produção e logística de peças para Cingapura elevando a importação, totalizando 60 bilhões de Ienes no ano fiscal de 2012. As empresas de maquinária pesada como a MITSUBISHI  Heavy Industries também correm para fora com a pretensão até o ano fiscal de 2014 aumentar  as importações  de peças e matéria prima em 600 bilhões de Ienes. Evidentemente aproveitam  a alta do Iene para comprar peças e materiais mais baratos com a finalidade de baixar custos.

Enfim, essas transferências das empresas japonesas para o exterior tem tornado interessante, haja visto que com o know-how, aumento da eficiência tecnológica com padrão de qualidade exigido pelo mercado internacional, vence a guerra contra as pequenas e médias empresas fornecedoras de peças no arquipélago.  Justamente onde  existe maior participação de mão-de-obra dos decasséguis.

Recentemente no setor eletrônico destacou na mídia o envolvimento da SHARP pela parceria firmada com a empresa de Taiwan a Hon Hai Precision Industries.  A crise foi gerada pela queda de vendas de telas de LCD e painéis solares, com  perdas  de concorrência com empresas chinesas  e coreanas, tendo prejuizo de 250 bilhões de Ienes no ano fiscal de 2012/13 e planos de demissão de 5 mil funcionários.

Na realidade é extremamente preocupante apesar do esforço para reajustar a capacidade de produção com transferência e desemprego, o sistema de produção nacional sustentado durante anos pelo setor automobilístico parece ter chegado ao limite.  A poderosa montadora como TOYOTA e NISSAN procuram- se reestruturar  para aumentar as encomendas internas.  A empresa de transmissão JACTO (Fuji- Shizuoka)  controlada pela NISSAN, SUZUKI  e MITSUBISHI se ajusta o desenvolvimento no exterior. Além de inaugurar uma nova fábrica  a CVT (Transmissão Variável Contínua) na Tailândia, está com planos de fortalecer a CVT na China e México.  Se a produção externa vai bem, o mesmo não se pode dizer do mercado interno. A concorrência com o exterior deve ficar intensa encolhendo na produção das fornecedoras de peças nacionais.  Entretanto ainda é viável a preferência das peças produzidas no Japão, o mesmo na produção dos carros nacionais.

O motivo da desestruturação da base da pirâmide que sustentava a indústria automobilística foi por incentivo  a reestruturação da produção promovidas pelas próprias montadoras.

Positivamente o  poderoso grupo da TOYOTA reconquistou a liderança mundial de venda de carros no 1º quadrimestre de 2012, estabelecendo como meta a produção de mais de 10 milhões de veículos, mantendo uma política de crescimento sustentável.

 

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